José Iván disse ter ficado 13 meses à deriva no Oceano Pacífico.
Em Majuro, ele iniciará trâmites necessários para sua repatriação.
Fonte: G1
O náufrago mexicano que afirmou ter passado 13 meses à deriva no Oceano Pacífico, até chegar na quinta-feira (30) a um pequeno atol nas Ilhas Marshall, na Micronésia, desembarcou nesta segunda-feira (3) na capital do arquipélago, Majuro, onde passará por exames médicos antes de iniciar os trâmites necessários para sua repatriação – um caminho de volta de mais de 12.500 km.
José Iván, nome com o qual o homem se identificou, ficou à deriva em uma pequena embarcação de fibra de vidro de 24 pés (quase 7 metros) de comprimento, cujos motores perderam as hélices. Após ter sido encontrado, ele foi levado no domingo (2), em uma lancha da Marinha local, do atol de Ebon até a capital.
Na chegada a Majuro, José Iván foi fotografado ao deixar a embarcação. Ele foi auxiliado por um enfermeiro, pois o longo tempo no mar o deixou debilitado e com dificuldade de locomoção.
Em seu primeiro diálogo com uma intérprete que falava espanhol, o náufrago disse que quer voltar ao México. "Me sinto mal. Estou longe. Não sei onde estou nem o que aconteceu", afirmou.
José Iván explicou que zarpou do México em 24 de dezembro de 2012 para pescar tubarões. O tempo em que ele passou perdido em alto-mar seria de pouco mais de 13 meses, não os 16 que foram mencionados a princípio.
Até o momento, não estão claros os motivos de a embarcação ter ficado tanto tempo à deriva nem como morreu, há alguns meses, o homem que acompanhava o mexicano no barco.
Segundo a intérprete, José Iván está muito confuso e não sabe dizer o que aconteceu nos meses em que passou no oceano.
"Ele está um pouco desesperado e quer voltar ao México, mas não sabe como", informou a mulher.
Quando dois moradores do atol de Ebon resgataram o homem no mar, ele usava apenas uma cueca feita com um pedaço de pano, tinha o cabelo muito comprido e barba abundante. Além disso, não conseguia caminhar sem ajuda.
O náufrago explicou, por meio de desenhos, que sobreviveu comendo tartarugas, aves e peixes que pescava com as mãos. Também indicou que bebia sangue de tartaruga quando não chovia, para se hidratar.
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