sexta-feira, 28 de junho de 2013

Aécio Neves – líder da oposição: as maquiagens da presidente Dilma

Reclamos de gastos indevidos, de superfaturamento, de impostos exorbitantes. O Brasil vai demorar certo tempo para se organizar mas o exemplo vem de cima e parece que a presidente Dilma preocupa-se mais com seus cabelos do que em trabalhar uma politico melhor para o Povo. Aécio Neves – líder da oposição: gastos da Presidência da República com maquiagem para Dilma sobem 681%

Fonte: Queremos Aécio Neves Presidente

Aécio Neves – líder da oposição: as maquiagens da presidente Dilma
Aécio Neves: as maquiagens da presidente Dilma

Além de tentar pintar um Brasil “cor-de-rosa”, como lembrou bem o líder da oposição, Aécio Neves, a Presidência da República também vem gastando bastante para maquiar a presidente Dilma Rousseff. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, foram quase R$ 13.000,00 pagos pela União em maquiagens e arrumação de cabelo da presidente para doze pronunciamentos em rede nacional de TV. Os dados foram obtidos através da Lei de Acesso à Informação.

Em muitos destes pronunciamentos, Dilma Rousseff, inclusive, tem se utilizado da prerrogativa dada à Presidência da República para atacar seus opositores, como o senador Aécio Neves. Foi o que fez ao ir à televisão para anunciar medidas relacionadas à tarifa de energia elétrica.

Segundo a reportagem da Folha de S. Paulo, dos doze pronunciamentos avaliados pelo jornal, em nove, os gastos da Presidência para arrumar o cabelo e maquiar Dilma Rousseff foram de R$ 400. Já em outros três, entre dezembro de 2012 e março deste ano, houve um aumento de 681%, sendo que cada um deles custou R$ 3.125.

“Até no salão de Celso Kamura, cabeleireiro que repaginou o visual de Dilma para a campanha presidencial de 2010 e que tem entre seus clientes celebridades como a apresentadora Angélica, o serviço é mais em conta. Lá, o penteado sai por R$ 330 e a maquiagem custa R$ 350, informam as atendentes do salão. Ao todo, R$ 680. Em Brasília, os salões mais famosos cobram pouco mais de R$ 160 pela maquiagem e na faixa de R$ 210 para arrumar o cabelo”, traz a reportagem.

CLIQUE AQUI E LEIA A ÍNTEGRA DA REPORTAGEM DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO

Gastos como este podem estar por trás da medida adotada pela presidente Dilma Rousseff de tornar sigilosos alguns gastos da Presidência da República, duramente criticada por parte da sua base de sustentação e pelos oposicionistas, como o líder da oposição, Aécio Neves.



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Da aviação ao tênis: saiba quem foi Roland Garros

Não, Roland Garros não foi um tenista, embora você provavelmente conheça seu nome por causa do famoso torneio de tênis de saibro realizado em Paris, cuja final ocorreu no começo de junho.
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Garros, na verdade, foi um pioneiro da aviação. Nascido em outubro de 1888, ele conquistou sua primeira grande proeza em 1913, quando cruzou o mar Mediterrâneo em um voo solo, em pouco menos de seis horas.
Não satisfeito, continuou fazendo história – com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, ajudou a França criando um novo aparato que revolucionou a maneira que os franceses realizavam ataques aéreos. O esquema proposto por Roland criou um sistema de metralhadoras para os aviões que permitia que os pilotos atacassem o inimigo de forma mais eficiente. Roland Garros foi morto ainda durante a guerra, em um ataque no norte da França, em 5 de outubro de 1918.
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A homenagem, que daria o nome de Garros ao Aberto da França de Tênis de saibro, veio alguns anos depois. Os tenistas franceses conhecidos como os “Quatro Mosqueteiros” (Jacques “Toto” Brugnon, Jean Borotra, Henri Cochet e René Lacoste) venceram os Estados Unidos na Copa Davis – outro famoso torneio de tênis – de 1927, disputada em solo norte-americano. A revanche, no ano seguinte, seria em território francês.
Para o evento, o governo decidiu que seria construída uma nova quadra, que estivesse à altura do torneio, nas proximidades da Federação Francesa de Tênis. Uma única coisa estava decidida antes que a construção fosse iniciada: a arena seria nomeada em homenagem a um ícone nacional, que fora morto uma década antes. Sim, ele mesmo – Roland Garros.
Fonte: Muy Interesante

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Senador Aécio Neves vota para transformar a corrupção em crime hediondo

Aécio Neves: “É uma resposta entre tantas que o Congresso e o país precisam dar aos que querem um país que respeite os brasileiros”.


Fonte: Queremos Aécio Neves Presidente


Senador Aécio Neves vota para transformar a corrupção em crime hediondo


O senador Aécio Neves votou a favor do projeto (PLS 204/2011) que transforma em crime hediondo a corrupção ativa e passiva. Com isso, o corrupto ou o corruptor não terão direito ao pagamento de fiança, a progressão para o regime semi-aberto e não poderão ser anistiados.

Na avaliação de Aécio Neves, a medida será mais um instrumento para se combater a corrupção no país, uma das maiores reivindicações da população.

“O Senado aprovou, na tarde desta quarta-feira, um projeto extremamente importante. Uma sinalização clara daqueles que querem ver o fim da corrupção no Brasil. O projeto trata como crime hediondo, a partir de agora, a corrupção passiva e ativa e outros crimes violentos, como o assassinato. É uma resposta entre tantas que o Congresso e o país precisam dar aos que querem um país mais justo, mais solidário e, sobretudo, um país que respeite os brasileiros”, disse o senador Aécio Neves.

A proposta que recebeu o apoio do senador Aécio Neves também incluiu na categoria de crime hediondo o peculato - roubo ou desvio de dinheiro ou bens ao qual o servidor público deve acesso no exercício de sua função.

O PLS 204/2011, de autoria do senador Pedro Taques (PDT-MT), tornou ainda o homicídio simples um crime hediondo. A aprovação do projeto ocorreu na tarde dessa quarta-feira (26-06-13).



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Estudante morre durante protesto em Belo Horizonte

O confronto entre vândalos e policiais militares ocorrido nesta quarta-feira, 26, em Belo Horizonte deixou um saldo ainda mais trágico do que a destruição registrada principalmente na região da Pampulha. No início da madrugada desta quinta-feira, o governo de Minas confirmou que o estudante Douglas Henrique Oliveira, de 21 anos, que caiu do viaduto José Alencar durante o tumulto, não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS).

Fonte: Yahoo

Protestos em Belo Horizonte reuniram cerca de 40 mil pessoas (Foto: Tmnews)

Segundo testemunhas, o rapaz tentou pular de uma pista do viaduto para outra, mas caiu no vão que há no meio do viaduto. Ele foi levado de helicóptero pelo Corpo de Bombeiros para o HPS com fraturas múltiplas e traumatismo craniano e foi submetido a cirurgia, mas não resistiu.
O acidente ocorreu no fim da tarde, quando um grupo de vândalos protagonizava um embate com os militares que faziam a segurança no entorno do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, onde o Brasil enfrentava o Uruguai por uma das semifinais da Copa das Confederações. Além de Douglas, o Daniel de Oliveira Martins, de 28, também caiu do viaduto durante o tumulto, mas foi socorrido com quadro menos grave, sem risco de morte.
Nos três confrontos ocorridos em manifestações na capital - que seguiam a onda de protestos que assolou dezenas de cidades pelo País nos últimos dias - seis pessoas caíram do viaduto José Alencar. A estrutura é a via de acesso da avenida Presidente Antônio Carlos para o Mineirão e foi onde tiveram início os tumultos registrados na segunda-feira, 17, no sábado, 22, e ontem.
Por meio de nota, o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), lamentou a morte do estudante e prestou solidariedade à família e amigos do jovem neste "momento de extrema dor".


quarta-feira, 26 de junho de 2013

Aécio critica Dilma após recuo: 'Governo não sabe o que fazer'

Aécio Neves: Não existe possibilidade no Brasil com o quadro partidário tão fracionado como temos hoje, e com o presidencialismo tão forte como temos hoje, se qualquer reforma constitucional, entre elas em especial a reforma política, avance sem a interveniência, sem a ação clara, sem que o governo se dispõe até mesmo a enfrentar contenciosos com a sua própria base. É muito cômodo ao governo federal dizer que apoia a reforma política, mas não se dispõe a utilizar seu capital político para conduzir uma reforma política que seja boa para o país.

Fonte: Queremos Aécio Neves Presidente

Aécio critica Dilma após recuo: 'Governo não sabe o que fazer'
'Governo não sabe o que fazer', diz Aécio

Local: Brasília – DF
Data: 25-06-13


A presidente da República falou ao Brasil ontem e disse da sua disposição que houvesse a convocação de uma Constituinte exclusiva. A intenção de todos nós é conhecer objetivamente quais as propostas da presidente da República. O presidente do Congresso estará com ela hoje à tarde. Nos chamou atenção o fato de ela não ter ouvido sequer os seus líderes do Congresso e os presidentes da Câmara ou do Senado, que foram comunicados a posteriori das suas intenções. Então, existem dois encaminhamentos. O presidente do Congresso solicitará que ela encaminhe a proposta da Constituinte ao Congresso estabelecendo quais os temas que ela considere adequados.

Nós, da oposição, vamos apresentar hoje detalhadamente um conjunto de iniciativas que dependem exclusivamente do governo federal e, em especial, da presidente da República, nas áreas de mobilidade, saúde, educação e de segurança pública para que elas possam dar respostas rápidas e pontuais. E, no nosso caso, cobraremos do governo federal sua proposta de reforma política, mas que venha através de uma emenda constitucional. Achamos que esse é o leito mais seguro, mais natural. Uma reforma que possa ser discutida pelo Congresso e, se aprovada, submetida a um referendo da população brasileira. Portanto, temos uma discordância em relação ao procedimento, mas uma concordância absoluta em relação à necessidade de fazermos uma reforma política. Só não nos parece suficiente que a presidente da República manifeste uma intenção, mas não detalhe essa intenção. O que a presidente da República considera como temas essenciais à reforma política?

O sistema de governo, por exemplo, estaria em discussão? A possibilidade de implementarmos o Parlamentarismo no Brasil? Estaria em discussão a questão do voto distrital, do voto em lista? É preciso que a presidente diga com clareza qual a sua reforma política. Porque, no Brasil, e isso não é de hoje, não se vota nenhuma reforma constitucional, com a profundidade que precisa ser votada no Brasil, não apenas no campo político, mas em outras áreas, sem a ação efetiva da Presidência da República. Temos um Presidencialismo no Brasil quase que imperial. Já que a presidente demonstra intenção de participar dessa discussão, que ela diga com absoluta clareza ao país quais os temas que ela considera essenciais à reforma política que ela acha que avança, que pode sintonizar um pouco mais o Parlamento com a sociedade brasileira.

Sobre recuo da presidente Dilma da proposta de Constituinte Exclusiva e proposta de pacto.

Na nossa reunião hoje, onde estava a oposição, havia dúvidas, porque já havia anúncio do recuo do recuo. Obviamente, isso cria dificuldades para a própria base do governo. Mas quero dizer que quando se fala de pacto, se o pacto é real, efetivo, bem-intencionado, é fundamental que as oposições sejam convocadas para essa discussão. Não se faz um pacto efetivo no Brasil, em qualquer área, apenas ouvindo seus assessores mais próximos, que foi o que aconteceu até aqui. Se ela tem intenção de convocar uma Assembleia Constituinte, ela tem que enviar essa proposta ao Congresso, que tem que ser aprovada pelo Congresso Nacional, e, a partir daí, os temas têm que ficar muito claros. Ela não pode simplesmente jogar sobre o Congresso a responsabilidade de votar algo que aqui, sabe-se, é extremamente polêmico.
Vamos aguardar a definição clara de qual é a intenção da Presidência da República. O que vejo, na verdade, hoje, lamentavelmente, é um governo nas cordas, um governo sem estratégia, um governo sem a generosidade de ouvir todos os segmentos da sociedade, repito, inclusive a oposição. No momento em que tivermos uma crise lá atrás, a crise do apagão, obviamente sem esta gravidade, o presidente Fernando Henrique convocou todas as oposições, convocou todos os atores da cena política para discutir o problema. Falta a meu ver, nesse governo, a generosidade para compreender que o Brasil não tem dono e, talvez, seja esta a falta de generosidade uma das razões pela crise que estamos vivendo hoje no Brasil.

O sr. atribui o recuo a quê?

Eu quero compreender melhor. Vocês estão me dando esta notícia aqui. Eu tenho sempre muita cautela de falar sobre algo que não conheço profundamente. Ouvi agora do presidente do Congresso que considerava um equívoco esse recuo, já que a posição que ele externará hoje, segundo nos disse e nos comunicou a presidente da República, é de que ela encaminhe a proposta da convocação de uma Assembleia Constituinte e defina quais são os temas que ela acha que poderiam ali estar sendo discutidos. Repito, da nossa parte, da parte da oposição, queremos que esta discussão venha no leito normal, no leito institucional, através de propostas que possam ser votadas aqui através de emendas à Constituição que é um único caminho que a Constituição prevê para sua própria reforma. Se houve esse recuo, vamos aguardar e saber as razões dele, o que mostra, na verdade, ao final, repito, é um governo nas cordas, que não sabe mais o que fazer.

Já foram feitas no Congresso outras tentativas de se aprovar uma reforma política por emenda constitucional, o Congresso não conseguiu. A oposição vai comprar esta bandeira, vai fazer alguma coisa para esta emenda constitucional enfim sair?

Não existe possibilidade no Brasil com o quadro partidário tão fracionado como temos hoje, e com o presidencialismo tão forte como temos hoje, se qualquer reforma constitucional, entre elas em especial a reforma política, avance sem a interveniência, sem a ação clara, sem que o governo se dispõe até mesmo a enfrentar contenciosos com a sua própria base. É muito cômodo ao governo federal dizer que apoia a reforma política, mas não se dispõe a utilizar seu capital político para conduzir uma reforma política que seja boa para o país. O fato de a presidente ter dito, pela primeira vez, que isto é relevante e se dispor a participar, é um fato positivo. Desde que ela detalhe, que ela diga o que ela compreende como reforma política.

A Presidência da República considera, por exemplo, como nós do PSDB, que o voto distrital misto é um caminho adequado para diminuir o custo das campanhas eleitorais, criar uma identidade maior do eleitor com o seu eleito? Nós aprovamos. A questão das coligações proporcionais, que achamos que tem de terminar, a presidente é a favor ou é contra? É preciso que ela diga com clareza o que ela compreende como reforma política.

Nós por exemplo, se houver esta disposição, vamos voltar a discutir a questão do Parlamentarismo no Brasil. Aliás, uma crise desta dimensão se estivéssemos num regime Parlamentarista, caia o gabinete inteiro e tínhamos aí outro governo já no Brasil.

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Cruyff: "Com Neymar contratado, eu venderia Messi"

O holandês, mais uma vez, polemizou a falar sobre a dupla de atacantes do Barcelona

Johan Cruyff venceu a Bola de Ouro em 1971, 1973 e 1974

Corneteiro número um do futebol mundial, a lenda holandesa Johan Cruyff deu mais uma declaração para lá de controversa em entrevista ao jornal espanhol Marca. O ex-craque voltou a afirmar que a dupla Neymar e Messi não vai dar certo no Barcelona.

"Com Neymar contratado, eu pensaria em vender Messi. Sou partidário de evitar os conflitos, por isso não teria acertado com Neymar", disse.

Além disso, Cruyff também falou que uma mudança de postura de Messi, conhecido por ser sempre humilde, seria compreensível.

"Se você é o melhor do mundo, como Messi, você tem que ser um pouco ditador".

Fonte: Yahoo

terça-feira, 25 de junho de 2013

Aécio: "Dilma frustrou todos os brasileiros"

Presidente do PSDB, senador Aécio Neves criticou o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff na abertura da reunião com governadores e prefeitos de capitais, quando ela propôs um plebiscito para convocar uma assembleia constintuinte pela reforma política; 


Fonte: Queremos Aécio Neves Presidente




"A presidente da República não assumiu suas responsabilidades, tangenciou os problemas e buscou desviar o foco dos reais interesses expressos pela população", classificou em nota assinada junto com o senador José Agripino (DEM) e o deputado Roberto Freire (PPS);Aécio considerou desnecessária a ideia de Constintuinte exclusiva, já que, como o governo tem maioria no Congresso, pode colocar a proposta de reforma em votação quando quiser.

"A presidente frustrou a todos os brasileiros. Foi um Brasil velho falando para um Brasil novo", resumiu o presidente do PSDB e pré-candidato à Presidência, Aécio Neves, ao apresentar manifesto dos partidos de oposição "para a construção de um novo Brasil, na forma de propostas factíveis". "Sugerimos que a presidente Dilma corte pela metade os ministérios e os mais de 22 mil cargos comissionados", disse o tucano.

Junto com os presidentes do Democratas, senador José Agripino, e do PPS, deputadoRoberto FreireAécio apresentou propostas em áreas como saúde, educação e transportes, entre outras. Segundo nota do grupo, "em seu pronunciamento desta tarde, a presidente da República não assumiu suas responsabilidades, tangenciou os problemas e buscou desviar o foco dos reais interesses expressos pela população".

Constintuinte

Sobre a ideia de Constintuinte exclusiva apresentada por Dilma, Aécio desdenhou, dizendo que há muito tempo se fala sobre isso no Congresso Nacional, e que, como o governo tem maioria, pode colocar a proposta em votação quando quiser. O senador apresentou ainda propostas sobre uma CPI para investigar os gastos da Copa do Mundo e também cobrou a abertura das contas das viagens presidenciais. Segundo a oposição, o governo pode diminuir o número de ministérios e de cargos comissionados. 

"Sempre apoiamos a reforma política. Lamentamos que nesses dez anos o governo, com a ampla base que tem no Congresso Nacional, praticamente 80% dos membros da Câmara e do Senado, não a tenha aprovado", criticou Aécio. "É uma questão que tem de ser discutida no Parlamento. Porque esta é uma prerrogativa exclusiva do Congresso Nacional, a convocação de plebiscito. Ela, portanto, não responde às questões que dizem respeito específico à responsabilidade do governo federal e transfere a responsabilidade desta questão para o Congresso", criticou, acrescentando: "Da nossa parte, estaremos aqui prontos para votar uma reforma política que vincule, que link, que aproxime os partidos políticos do sentimento da população brasileira".

Leia a íntegra da coletiva de Aécio Neves:

É preciso que se diga que os partidos de oposição aqui representados pelos seus presidentes, senador José Agripino Maia, do Democratas, deputado Roberto Freire, doPPS, e eu como presidente do PSDB, desde o início dessas manifestações, manifestamos nossa mais absoluta solidariedade e compreensão aos milhões de brasileiros que ocuparam as ruas clamando por mudanças. Esperava-se hoje um pronunciamento da senhora presidente da República na direção dos clamores da população brasileira. Na verdade, ela frustrou a todos os brasileiros.

O que nós ouvimos aqui hoje, na verdade, foi o Brasil velho falando para um Brasil novo, que surge das urnas. O Brasil velho, onde os governantes não assumem as suas responsabilidades, sempre buscam transferi-las a terceiros, não reconhecem os equívocos que viveram, e buscam tergiversar, buscam desviar atenção com novas propostas.

Nós, da oposição, estamos apresentando aqui um conjunto de propostas ao Brasil, mas que podem ser imediatamente encampadas pela senhora presidente da República e pelo governo federal, muitas delas que respondem de forma direta e imediata a alguns desses clamores.

Respostas no campo da transparência e do combate à corrupção, propondo inclusive uma CPI das obras da Copa do Mundo, propondo a abertura dos gastos das viagens presidenciais da senhora presidente, a abertura das contas dos cartões corporativos, investigação em relação às questões relativas à Petrobras, em especial a aquisição da refinaria de Pasadena, aos investimentos e financiamentos feitos pelo BNDES, em especial aqueles ligados à Copa do Mundo.

Propostas na área da saúde, que mais uma vez a presidente da República não enfrentou com objetividade, como, por exemplo, garantir que 10% do PIB sejam investidos em saúde pública, como previa a emenda 29. Da mesma forma investimentos na educação como prevê o plano nacional de educação, também de 10% do PIB, um avanço nos investimentos em segurança pública, onde o governo federal investe apenas 13% do total que é gasto, e, obviamente, até como sinalização à sociedade brasileira, uma diminuição da estrutura do Estado.

Poderia muito bem a senhora presidente da República diminuir pela metade os ministérios, diminuir pela metade os mais de 22 mil cargos comissionados, mais de 4 mil deles ligados diretamente à Presidência da República. Estamos apresentando aqui uma contribuição efetiva, objetiva, e na verdade, nós vamos ficar atentos e vigilantes para que não se repita aqui o que levou tantos brasileiros às ruas - a falta de resposta. A falta de resposta objetiva do governo federal, dos governos em geral, mas em especial do governo federal a essas demandas.

A presidente buscou dividir essa responsabilidade, hoje, com governadores de estado e com prefeitos que recém assumiram suas responsabilidades, repito, mais uma vez esquecendo que o partido do governo governa o Brasil há mais de 10 anos.

Me pareceu, pelo discurso de hoje, uma Presidência da República que recém tenha assumido o mandato. Não cabe a um partido político que há cerca de 10 anos governa oBrasil.  Portanto, estamos aqui apresentando essas propostas, já que da parte do governo faltaram propostas pontuais e buscou-se, mas uma vez, dividir responsabilidades.

Sobre plebiscito

Sempre apoiamos a reforma política. Lamentamos que nesses dez anos o governo, com a ampla base que tem no Congresso Nacional, praticamente 80% dos membros da Câmara e do Senado, não a tenha aprovado. É uma questão que tem de ser discutida no Parlamento. Porque esta é uma prerrogativa exclusiva do Congresso Nacional, a convocação de plebiscito. Ela, portanto, não responde às questões que dizem respeito específico à responsabilidade do governo federal e transfere a responsabilidade desta questão para o Congresso. Da nossa parte, estaremos aqui prontos para votar uma reforma política que vincule, que link, que aproxime os partidos políticos do sentimento da população brasileira.

Agora precisaria de uma nova Constituinte para se fazer a reforma?

Esta sempre foi uma discussão que houve aqui dentro. Temos algumas preocupações, por mais que um plebiscito seja algo a ser discutido no Congresso Nacional. Acho que as reformas eleitorais necessárias poderiam, como já ocorreu no passado, serem aqui votadas rápida e celeremente pelo Congresso Nacional, se houvesse o real empenho do governo federal. Não houve durante dez anos o empenho do governo federal na condução da reforma política e, agora, ela, repito, para desviar a atenção, transfere ao Congresso Nacional esta responsabilidade, que teremos de discuti-la internamente, como transfere a estados e municípios a responsabilidade, por exemplo, para desonerar ainda mais as tarifas de transporte público. Faltou ao governo, na verdade, coragem de assumir a sua responsabilidade para que, aí sim, possamos outros níveis de governo estar solidários à ação da presidente da República.

Leia a nota e o manifesto da oposição:

Manifesto do PSDBDEM e PPS: Os brasileiros querem um Brasil diferente

Não há humildade para reconhecer erros e dar dimensão correta às dificuldades que atingem o dia a dia dos cidadãos.

Os partidos de oposição – DemocratasPPS e PSDB – manifestam sua solidariedade e respeito aos milhões de brasileiros que, de maneira pacífica e democrática, vêm ocupando as ruas de todo o país e as redes sociais para demonstrar sua insatisfação.

Em seu pronunciamento desta tarde, a presidente da República não assumiu suas responsabilidades, tangenciou os problemas e buscou desviar o foco dos reais interesses expressos pela população.

Uma vez mais, como já havia ocorrido no pronunciamento oficial em cadeia de rádio e TV, oBrasil velho, repudiado pelas manifestações, falou ao novo Brasil: não há humildade para reconhecer erros e dar dimensão correta às dificuldades que atingem o dia a dia dos cidadãos.

Trazemos nossa contribuição para a construção de um novo Brasil, na forma de propostas factíveis, e algumas delas de efeito imediato, que entendemos serem as primeiras possíveis respostas concretas às justas críticas e reivindicações dos brasileiros, disseminadas nos protestos que ocorrem em todo o país. São medidas há muito tempo reclamadas e que precisam do aval e da ação do governo federal para se transformar em realidade e tornar o Brasil um país melhor para os brasileiros.

Esta agenda pretende reforçar a governabilidade neste momento de crise, centrada na melhor prestação de serviços públicos. Também contempla o combate sistemático à corrupção, a restauração de padrões éticos de conduta, o aumento da transparência e, sobretudo, o respeito ao estado democrático de direito. E faz defesa enfática do efetivo  combate  à  inflação, que  corrói  a renda dos brasileiros, especialmente os mais pobres.

Esta agenda se contrapõe a discursos vazios e reiteradas promessas não cumpridas pelo governo federal, que, ressalte-se, comanda o país há mais de dez anos.

Brasil está fazendo um reencontro com sua história. Os partidos de oposição consideram que estamos num momento único em que o rio de transformações retoma seu leito, orientado na luta por melhorias nas condições de vida de nossa população. A sociedade quer um Brasil diferente e é possível começar a construí-lo já.

Brasília, 24 de junho de 2013

Aécio Neves – Presidente nacional do PSDB

José Agripino – Presidente nacional do Democratas

Roberto Freire – Presidente nacional do PPS

1. DA TRANSPARÊNCIA E DO COMBATE À CORRUPÇÃO

- Auditar todos os gastos realizados com a promoção da Copa do Mundo, informando quanto de recursos públicos foi realmente utilizado. Apoiar a instalação de uma CPI sobre o assunto no Congresso;

-  Revogação imediata do decreto que proíbe a divulgação dos gastos realizados nas viagens internacionais da presidente da República;

-  Liberação do acesso aos gastos feitos com cartões corporativos da Presidência da República, resguardando-se o prazo dos últimos 12 meses;

-  Adotar as restrições do projeto 'Ficha Limpa' para o preenchimento de cargos públicos, vedando o acesso de pessoas condenadas por envolvimento em casos de corrupção;

-  Informar critérios, valores e custos dos financiamentos concedidos pelo BNDES, em especial os empréstimos a empresas brasileiras para investimentos no exterior nos últimos dez anos;

-  Informar aos brasileiros todos os negócios feitos pela Petrobras, no Brasil e no exterior, nos últimos dez anos, esclarecendo, em especial, a participação da estatal na aquisição da refinaria de Pasadena, com rigorosa investigação, definição de responsabilidades e exemplar punição dos responsáveis por este negócio lesivo aos cofres do país;

-  Eliminar os orçamentos secretos nas licitações das obras públicas possibilitados pelo Regime Diferenciado de Contratações.

2. DA FEDERAÇÃO SOLIDÁRIA E DA MELHORIA DA GESTÃO

-  Reduzir pela metade o número de ministérios e diminuir, também pela metade, o número de cargos comissionados, hoje da ordem de 22 mil, iniciando pelos cerca de 4 mil cargos da Presidência da República;

-  Revisão da dívida dos estados e da sistemática de correção da mesma, para permitir a alocação dos recursos hoje comprometidos com seu serviço em investimentos diretos a favor da população em setores previamente pactuados;

-  Adotar política de tolerância zero com a inflação, impedindo a continuidade do aumento generalizado dos preços;

-  Definir um nível máximo de aumento dos gastos correntes vinculado à evolução do PIB;

-  Retirada imediata do PIS/Pasep incidente sobre estados e municípios.

Transporte

-  Concluir todas as obras de mobilidade urbana relacionadas à Copa do Mundo até o início do torneio, deixando legado definitivo para a população em linhas de metrô, corredores de ônibus, avenidas, aeroportos etc;

-  Arquivar o projeto de construção do trem-bala e destinar os recursos previstos para o empreendimento para obras de mobilidade urbana.

Educação

-  Apoiar, no novo Plano Nacional de Educação, o investimento mínimo de 10% do PIB em educação;

-  Garantia de investimento de 100% dos recursos derivados da exploração do petróleo do pré-sal em educação;

-  Ampliar  a  escolaridade  e  melhorar a empregabilidade dos jovens brasileiros.

Saúde

-  Revisão da posição política do governo federal e retomada dos parâmetros originais da Emenda 29, que determinava patamar mínimo obrigatório de investimento de 10% da receita corrente líquida federal no setor;

-  Reforçar o SUS, valorizar os profissionais de saúde, investir na ampliação das equipes de Saúde da Família, com ênfase em localidades mais remotas e nas periferias dos grandes centros do país.

Segurança

-  Dobrar a participação da União nos gastos com segurança pública – hoje correspondente a apenas 13% do total, ficando estados e municípios com a responsabilidade de investir os restantes 87%;

-  Descontingenciar os recursos dos fundos constitucionais do setor – Fundo Nacional de Segurança e Fundo Penitenciário – de forma a garantir, imediatamente, reforço orçamentário para a operação das forças de segurança nos estados e aparato suficiente para minimizar a precariedade do funcionamento do sistema prisional.

Saneamento

-  Cumprir o compromisso, assumido publicamente pela hoje presidente da República na campanha eleitoral de 2010, de desonerar as empresas estaduais de saneamento básico, o que possibilitaria dobrar o investimento no setor.

3. DA ÉTICA E DA DEMOCRACIA

-  Manifestação pública da presidente da República pela rejeição da PEC 37, apoiada pelo PT, que retira poder de investigação do Ministério Público;

-  Manifestação pública da presidente da República pela rejeição da PEC 33, apoiada pelo PT, que submete decisões do Supremo Tribunal Federal ao Congresso.

Reforma política

-  Propor uma reforma política que sintonize os partidos políticos com os sentimentos da sociedade brasileira;

-  Garantir a plena tramitação das propostas de iniciativa popular encaminhadas aoCongresso Nacional.

Por fim, em sintonia com o sentimento de repúdio à escalada de corrupção expresso pela população em seus protestos, os três partidos – DemocratasPPS e PSDB – manifestam preocupação com a demora no cumprimento das penas já aplicadas aos condenados no processo do mensalão e, neste sentido, se solidarizam com o Supremo Tribunal Federal no sentido de uma célere conclusão do julgamento.


“Saramandaia” estreia com audiência menor que antecessora; tecnologia e elenco são aliados do remake


Marcina (Chandelly Braz) e João Gibão (Sérgio Guizé); Fotos: Divulgação / GloboCom protestos políticos e sociais pela troca do nome de uma cidadezinha, a Globo colocou no ar, nesta segunda (24.06), num capítulo especial, o remake de "Saramandaia". E o texto mostra-se atualíssimo, 37 anos depois do original ter ido ao ar.
Fonte: Yahoo
Ricardo Linhares deu provas, logo de cara, que soube beber da fonte de Dias Gomes (1922-1999), criador da história, ao adaptá-la para a faixa das 23h - que pela primeira vez aposta numa comédia. Além de preservar a essência da trama, o autor trouxe novos personagens e ganhou uma aliada: a tecnologia, que lhe permite dar asas à imaginação ao desenvolver as cenas de realismo fantástico.
Aristóbulo (Gabriel Braga Nunes) vira lobisomenAlém das asas de João Gibão, vivido por Sérgio Guizé (revelação do teatro paulista), o calor deMarcina (Chandelly Braz) - que arde, literalmente, de paixão; as formigas que saem do nariz deZico Rosado (José Mayer); a transformação de Aristóbulo (Gabriel Braga Nunes) em lobisomen; as raízes nas pernas de Tibério (Tarcísio Meira) e outras particularidades ficam ainda mais surreais com recursos de computação gráfica. Impressionante ainda a transformação de Vera Holtz em Dona Redonda, que de tanto comer vai explodir. A caracterização conta com elementos trazidos de Hollywood. Vale registrar que Wilza Carla (1935-2011) eternizou o papel.
Dona Redonda (Vera Holtz)Além da comédia, Linhares decidiu apostar no romance - o que em alguns momentos conferiu um ritmo lento à narrativa do primeiro capítulo, mas não deve ser um empecilho para a nova produção global deslanchar. Até porque público de ficção adora histórias de amor bem contadas. Ainda mais se puder fugir da realidade com altas doses de ousadia, como é o caso agora.
Zélia (Leandra Leal)"Saramandaia" do título é o nome que grupos querem dar à cidade de Bole-Bole. Em meio a tantos personagens que marcaram época, impossível não lembrar do contexto atual do País ao ver Zélia (Leandra Leal), com cara pintada, lutando para acabar com a corrupção do lugar. Ela é a líder dos saramandistas.
Nas placas de localização de Bole-Bole, também vimos os nomes de Sucupira Greenvile, cidades fictícias de "O Bem Amado" (1973) e "A Indomada" (1997) - homenagem de Linhares a Dias Gomes e Aguinaldo Silva, autores das novelas, respectivamente. Dias ainda é lembrado em Bole-Bole como padroeiro do local. Uma imagem de santo na igreja do lugar tem o rosto do escritor.
Logo no início, Gibão explicou que "Saramandaia" significa a chegada de um novo tempo. O personagem esconde um par de asas nas costas, quer amar e que as pessoas respeitem as diferenças. Seu voo de liberdade será mais uma entre tantas metáforas de uma trama na qual personagens se transformam em expressões populares. Vitória (Lilia Cabral), que não existia no original, vai se derreter de amor, literalmente, assim como o pai (Tibério) criou raízes.
Vitória (Lilia Cabral) e Zico Rosado (José Mayer)Por sinal, por mais que a parceria Lilia Cabral e José Mayer soe repetitiva, a dupla consegue imprimir novo vigor quando se reencontra. Indispensável citar Fernanda Montenegro, que sempre enche qualquer tela - desta vez como Candinha, matriarca da família Rosado, que vê galinhas imaginárias por todos os lados.
Candinha (Fernanda Montenegro) vê galinhas pela casaO elenco ainda tem nomes como Renata Sorrah (Leocádia), Marcos Palmeira (Cazuza), Ana Beatriz Nogueira (Aparadeira), Matheus Nachtergaele (Seu Encolheu), Aracy Balabanian (Dona Pupu), Luiz Henrique Nogueira (Belisário) e Débora Bloch (Risoleta). Além de Chandelly (Marcina), lançada na série "Clandestinos - O Sonho Começou" (2010) e destaque em "Cheias de Charme" (2012) como Brunessa, outros jovens talentos têm vez. Entre eles, André Bankoff (Pedro), que desde que saiu da Record não teve um bom papel na Globo, e a aposta Fernando Belo, galã que vive Lua, o prefeito de Bole-Bole.
A fotografia é outro ponto forte do remake, dirigido por Fabrício Mamberti e do núcleo de Denise Saraceni. Isso ficou claro na estreia, graças a belas externas, iluminação caprichada e o colorido dos figurinos. Apesar de parecer uma grande brincadeira, "Saramandaia" é fruto de alto investimento e produção minuciosa.
Audiência - O primeiro capítulo marcou 27 pontos de média, segundo prévia do Ibope. Apesar de não bater a estreia da antecessora no horário, "Gabriela" (com 30 pontos), foi bem no quesito audiência. Por ter sido exibida logo na sequência de "Amor à Vida", com certeza, a emissora esperava mais. Mas "Saramandaia" tem fôlego para índices maiores.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Nota oficial do senador Aécio Neves sobre pronunciamento de Dilma - "A velha política e o novo Brasil"

Nota do senador Aécio Neves sobre o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff.

Por Aécio Neves - Presidente do PSDB e senador de Minas Gerais.

O pronunciamento da presidente Dilma Rousseff contém acertos e erros.

A Presidente acertou ao convocar, mesmo que com atraso, a rede nacional de rádio e TV - a primeira realmente necessária em sua administração - para apresentar à população e ao mundo a palavra do governo brasileiro sobre os últimos acontecimentos.

Errou, no entanto, no conteúdo. Reproduziu exatamente o tipo de ação política que está sendo rechaçada nas ruas de todo o país. Fez um discurso dissociado da verdade, reforçando a política como território distante de valores e da própria realidade.

A presidente perdeu uma oportunidade única de se conectar com a população. Para isso, precisaria ter reconhecido erros e responsabilidades para, em seguida, ter a legitimidade de transformar essa extraordinária manifestação por desejo de mudanças em combustível para uma verdadeira transformação no e do país.

No entanto, escolheu fazer um discurso que reproduz o tradicional jeitinho de fazer política no Brasil: empurrando os problemas para debaixo do tapete, fingindo que não tem nada a ver com o que está acontecendo, que é tudo responsabilidade dos outros, que só não fez melhor porque não foi permitido.

Fez, assim, um discurso como se a população brasileira fosse formada por alienados e desinformados. Ela está nas ruas justamente mostrando que não é.

A presidente falou no seu compromisso com a transparência e com a luta contra a corrupção. Enquanto isso, no Brasil real, a mesma presidente proíbe a divulgação dos gastos das suas viagens ao exterior e, pensando nas eleições, abriga novamente no governo a influência de pessoas que ela mesma havia afastado sob suspeita de desvios.

Como forma de tentar demonstrar compromisso com a saúde, a presidente disse que os investimentos federais nesta área vêm aumentando, quando todo o país sabe que a participação do governo federal nos gastos nacionais do setor vem caindo de forma acentuada há 10 anos, desde que o PT assumiu o governo.

Quando todo o país sabe que o governo se empenhou especialmente para impedir que a regulamentação da Emenda 29 fixasse patamar mínimo de 10% de investimento no setor para a esfera federal.
 
Com o foco das manifestações no transporte coletivo, a presidente diz agora que enfim vermelho vai discutirá o assunto. Nenhuma palavra para o fato do seu governo agir exatamente no sentido oposto: faz desonerações isoladas para atender lógicas e interesses específicos, estimulando a aquisição de veículos individuais e defendendo projetos mirabolantes, como o trem bala, em detrimento de investimento em metrôs das grandes cidades.

Depois de gastar milhões em publicidade para colocar o governo federal à frente das obras dos estádios, agora, candidamente, a presidente diz que nada tem a ver com isso, resumindo os recursos empregados a financiamentos a serem pagos por estados e empresas.  Nenhuma palavra sobre os recursos de Tesouro Nacional que estão abastecendo os cofres do BNDES. Nenhuma observação sobre a óbvia constatação de que os recursos que estão financiando estádios poderiam estar financiando metrôs, estradas e hospitais.

Mas há, nessa afirmação da presidente, um aspecto positivo.

É a primeira vez que o governo reconhece que obras realizadas por meio de financiamentos não devem ser consideradas obras federais, já que são recursos que serão pagos pelos tomadores. Registra-se, assim, uma nova e mais justa leitura sobre programas como o Luz Para Todos e o PAC, nos quais as obras realizadas com os financiamentos -  que serão integralmente pagos por empresas, estados  e municípios - têm sido apresentadas - sem nenhuma cerimônia, como obras da União.

Ao invés de dizer ao país que o governo não investiu na Copa - como se alguém pudesse acreditar nisso - não seria mais honesto mostrar as razões que levaram o governo  a lutar pela oportunidade de realizá-la e depois investir nela?

Não seria mais respeitoso com os milhões de brasileiros que estão nas ruas reconhecer a parcela de responsabilidade do seu governo - que, registre-se, não é só dele - com os problemas enfrentados hoje pela população?

Ao invés de oferecer aos brasileiros mais uma vaga carta de intenções, não teria feito melhor a presidente se tivesse se comprometido com medidas concretas? Se tivesse dito que orientaria o seu partido no Congresso a desistir de retirar poderes  do Ministério Publico e de impedir a criação de novos partidos? Ou, como bem disse o Senador Agripino Maia, se dissesse que procuraria o presidente do STF para manifestar apoio à conclusão do processo do mensalão?

Quem ouviu a pronunciamento da Presidente da República ficou com a impressão  de que se tratava de um governo começando agora e não de uma gestão que responde pelo que foi – e não foi – feito no país nos último 10 anos.

Através da voz da presidente, a velha política falou ao novo Brasil que está nas ruas. Pena.


Fonte: Queremos Aécio Neves Presidente


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