sexta-feira, 21 de junho de 2013

Como Aécio Neves alertou: Inflação em 12 meses ultrapassa teto da meta do governo, mostra prévia

Aécio Neves já havia alertado: IPCA-15, medido pelo IBGE, acumula taxa de 6,67% em 12 meses até junho; no mês, entretanto, houve desaceleração.

Fonte: Estadão


RIO - A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,38% em junho, após subir 0,46% em maio. Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 acumula taxas de 3,45% no ano e de 6,67% em 12 meses até junho - acima do teto da meta do governo (6,5%) .

O resultado mensal, divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que esperavam inflação entre 0,32% e 0,45%, com mediana de 0,37%.

Desaceleração mensal

Remédios e alimentos foram os itens que mais contribuíram para a desaceleração do IPCA-15 em junho. Os preços dos remédios subiram 0,65% em junho, após terem aumentado 2,94% em maio, "refletindo reajuste vigente desde 4 de abril", segundo o IBGE. No ano, o item acumula alta de 4,85%. Nos alimentos, o aumento nos preços em junho ficou em 0,27% ante 0,47% em maio. No ano, a variação acumulada é de 6,49%.

No grupo Alimentação e Bebidas, registraram deflação itens como açaí (-12,43%), cebola (-6,01%), tomate (-5,02%), óleo de soja (-3,69%), frango inteiro (-3,45%), farinha de mandioca (-3,41%), hortaliças (-3,35%) e pescados (-2,70%).

Os itens que registraram o mais expressivo impacto para baixo no IPCA-15 foram a gasolina (-0,93% em junho contra -0,36% em maio) e o etanol (-4,40% contra aumento de 0,38% em maio), com -0,04 ponto porcentual cada um no índice cheio.

Alta

Apesar da desaceleração do IPCA-15 em junho, alguns itens registraram aceleração de preços. Os destaques foram mobiliário, taxa de água e esgoto, e higiene pessoal. No item mobiliário, a inflação passou de 0,27%, em maio, para 1,25%, em junho. A taxa de água e esgoto foi de 0,90% para 1,21%.

Já artigos de higiene pessoal aceleraram de 0,36% para 1,01%. Os preços de TV, som e informática saíram de deflação de 0,92% para inflação de 0,71%. Já o item consertos passou de deflação de 0,45% para uma variação positiva de 0,75%. Também acelerou a taxa do grupo dos Transportes, passando de -0,03%, em maio, para 0,10%, em junho.

"Isto se deve, principalmente, às tarifas dos ônibus urbanos, que, liderando os maiores impactos de junho, com 0,05 ponto porcentual, tiveram aumento de 1,83%, ao passo que em maio haviam apresentado queda de -0,43%", informou o IBGE.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de maio a 13 de junho e comparados com aqueles vigentes de 13 de abril a 14 de maio. Portanto, não captam a recente anulação dos aumentos de transportes públicos em São Paulo e no Rio, anunciados pelas autoridades estaduais e municipais após as manifestações populares contra a alta das tarifas.

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