quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Senador Aécio diz que PSDB vai olhar 'com lupa' processo do cartel

Aécio criticou 'vazamentos seletivos' das investigações do órgão e afirmou que partido ainda vai aguardar  explicação da presidente.


Fonte: Estadão

Senador Aécio Neves

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), considerou "extremamente grave" o fato de o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Carvalho, ter omitido de currículos públicos a atuação como chefe de gabinete do deputado estadual Simão Pedro (PT-SP). Em entrevista ao Estado, Aécio afirmou que o partido passará a olhar "com lupa" o processo de investigação pelo Cade sobre denúncias de cartel em contratos do metrô de São Paulo. "É grave, sobretudo porque o ex-patrão tinha uma relação direta com as denúncias", afirmou.

Conforme o Estado revelou nesta quarta-feira, 25, Carvalho omitiu de quatro currículos o trabalho para o deputado na Assembleia Legislativa de São Paulo entre 2003 a 2004. O deputado é o principal denunciante do chamado "caso Siemens", multinacional que delatou o cartel e o envolvimento de políticos do PSDB no esquema.

"É algo extremamente grave e os vazamentos selecionados já chamavam a atenção [o partido acusou o Cade de vazar informações que atingiam dirigentes do PSDB]. Nós queremos dar a ele a oportunidade de se explicar e ai vamos examinar as providências", afirmou o senador, ao ser perguntado se caberia pedir a suspeição de Carvalho.

Para o PSDB a justificativa do presidente do Cade de que foi um "lapso" não ter incluído a informação no currículo não se sustenta. "Parece algo mais grave que um simples lapso. Continuamos querendo que essa questão [denúncia de cartel] seja investigada com profundidade, mas, de alguma forma, preocupa porque amanhã podemos achar que o Senado foi ludibriado porque não recebeu as informações suficientes para a sabatina."

Segundo o senador, se ficar comprovado o vínculo dele com um parlamentar do partido do governo "significará que um órgão de Estado estaria se colocando a serviço de um governo e isso é inaceitável."




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